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Alvos da Lava Jato presos em Miami desembarcam em Brasília

25 fevereiro 2017 - 14h15Por Luciana Amaral/G1

Os dois alvos da etapa Blackout da Operação Lava Jato presos em Miami, nos Estados Unidos, Jorge Luz e o filho dele, Bruno, chegaram na manhã deste sábado (25) a Brasília. O avião comercial que trouxe os dois pousou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek por volta das 7h30.

Ambos desembarcaram e foram levados por em carros da Polícia Federal para o Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com a PF, Jorge e Bruno só serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba na quinta-feira (2) porque o valor das passagens aéreas é elevado nesta época de Carnaval.

Eles tiveram os nomes incluídos na lista de procurados da Interpol, a chamada Difusão Vermelha, e foram presos em Miami na sexta (24) após terem a prisão preventiva decretada na etapa da Lava Jato deflagrada na quinta (23). O advogado nega a prisão e afirma que eles viajaram espontaneamente para o Brasil.

A força-tarefa da operação apura o pagamento de US$ 40 milhões de propinas durante dez anos. Segundo as investigações, entre os beneficiários, há senadores e outros políticos, além de diretores e gerentes da Petrobras.

Jorge Luz e Bruno Luz são apontados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores financeiros ligados ao PMDB no esquema de corrupção e desvio de dinheiro dentro da Petrobras.

Segundo a PF, os dois haviam omitido informações às autoridades americanas e também estariam irregulares no país. O advogado Gustavo Teixeira informou que Bruno Luz foi abordado pela polícia americana quando saía de casa, prestou esclarecimentos e informou que ele e o pai estavam com passagem de volta para o Brasil comprada.

As suspeitas

A suspeita é a de que Jorge e Bruno tenham atuado em pelo menos cinco episódios de corrupção.

Conforme o MPF, os dois faziam a intermediação entre quem queria pagar e quem queria receber propina envolvendo contratos com a Petrobras. Para tanto, teriam usado contas no exterior, como na Suíça e nas Bahamas.

Ainda de acordo com o MPF, os operadores atuavam, principalmente, na área internacional da Petrobras, que tinha indicação política do PMDB. No entanto, em dado momento, ambos teriam começado a solicitar propina para o PMDB também em outras diretorias da empresa.

Em nota, o PMDB informou que os Luz "não têm relação com o partido e nunca foram autorizados a falar em nome do PMDB".

Os mandados protocolados pela força-tarefa da Lava Jato tiveram como base principal os depoimentos de colaborações premiadas reforçados pela apresentação de informações documentais, além de provas levantadas por intermédio de cooperação jurídica internacional.

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