Entra ano, sai ano, e os anseios da população seguem apontando para melhorias nas áreas garantidas pela Constituição Federal como direitos sociais: saúde e educação. Em enquete realizada pela reportagem do Correio do Estado nas saídas de zonas eleitorais de Campo Grande, os setores são os que mais precisam de avanço na opinião das pessoas que foram votar para prefeito no segundo turno das eleições municipais.
Não à toa, as áreas são as que demandam maiores fatias do orçamento da Capital para 2017. Do total de R$ 3,5 bilhões estimados em receita, a maior parcela é reservada à saúde, com projeção de 35,30% — porcentagem equivalente a R$ 1,2 bilhão. A educação aparece na sequência, para onde serão destinados 21,64% da soma, ou, R$ 776 milhões. Setor que também costuma ser alvo de expectativa de melhora, a segurança pública terá 1,20% dos recursos (R$ 43,1 milhões).
O estudante Allan Kelvin Mansano de Almeida, 18 anos, se enquadra no grupo que projeta mudanças positivas. Em seu caso, ele mesmo está inserido no setor em que pede progressos. “Estou bastante decepcionado, mas vivemos em uma democracia e precisamos pensar no coletivo. Creio que falta conscientização. A educação é uma área que merece uma atenção maior no ano que vem”, revela.
Já para o psicólogo José Magno Macedo Brasil, 52, é necessário um aperfeiçoamento no modelo de gestão para que se promovam avanços nos direitos sociais. “Espero que melhore a saúde, a educação e a segurança, mas os governantes precisam entender o que é gestão para investirem em políticas públicas. Faltam liderança e parcerias para governar”, acredita.
Uma das expectativas de parte da população campo-grandense é a diminuição do déficit de vagas nos Centros de Educação Infantil (Ceinfs). Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), 11,8 mil crianças carecem de atendimento nas unidades.