“Em qualquer ambiente, a pessoa com deficiência merece ser tratada com todo respeito, receber todas as orientações e toda educação que lhe é garantida por lei”. É com essa afirmação que a coordenadora de Pós-graduação Presencial da Unigran, professora Rosilene Moreira, fala sobre a pós-graduação em “Educação Especial Inclusiva” que, segundo ela, é atual e necessária não só a professores e educadores.
Ela relata que as empresas têm uma cota a cumprir neste sentido, mas questiona: “como atender e receber esse profissional com deficiência no mercado de trabalho?”. Então, de acordo com a professora, essa é uma questão que também será discutida na especialização oferecida na Instituição. Apesar do objetivo ser a fundamentação teórica do acadêmico, Rosilene afirma que este estudo serve ainda para ações práticas, a todo profissional que trabalha ou que pretende trabalhar no setor.
A coordenadora lembra que a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9394/96, em vigência, diz que todas as pessoas com deficiência devem estar matriculadas na rede regular de ensino, ou seja, as escolas e os professores devem se preparar para receber esses alunos, por isso o curso tem disciplinas voltadas às áreas de surdez, visão, física, mental/intelectual, transtornos globais do desenvolvimento, bem como de altas habilidades ou superdotação.
Ela ressalta, porém, um aspecto interessante neste sentido. “Sempre houve o preconceito com relação à inclusão. Antigamente as crianças eram matriculadas em escolas especiais, não frequentavam as aulas no ensino regular. Eles estavam à margem da sociedade”, enfatiza. Com a política educacional atual, no entanto, isso mudou, teve um avanço. Para Rosilene Moreira, uma mudança que mostra um país bem estruturado, com um pequeno detalhe: “apenas no papel”.
“A proposta é muito bonita, realmente, inclusiva, mas até que ponto nossas escolas estão preparadas para receber os nossos alunos? E até que ponto os professores estão preparados? As políticas estão bem escritas, mas precisamos de prática. É isso que a gente propõe”, explica. O curso, conforme Rosilene, faz uma análise do que está acontecendo no país e em que patamar, de fato, as políticas públicas foram implementadas. “Porque as intenções são belíssimas, mas não é simplesmente incluir sem dar a condição para que receba uma boa educação”, completa.
Para ela, precisa existir uma reflexão constante sobre o que a legislação propõe e o que está mesmo acontecendo, se os profissionais estão capacitados para trabalhar ou estão sendo mais cuidadores que educadores. Um episódio lembrado, por exemplo, é referente aos casos relacionados ao Zika Vírus. Rosilene afirma que isso pode refletir na educação. “Hoje são bebês, mas dentro de pouco tempo estarão no bancos escolares, em alguns casos com uma provável deficiência cognitiva”, relata.
Outro fator, portanto, que pode contribuir para o aprendizado são as salas de recursos. Rosilene assegura que podem ser utilizadas soluções por meio da informática, em apoio ao atendimento ao aluno, que de uma forma inovadora podem estimular o estudante, inclusive por meios das novas tecnologias. “Por isso oferecemos sugestões, práticas pedagógicas de sucesso que podem ser replicadas em sala de aula [...] para dar condições de melhorar o trabalho”, finaliza.
As inscrições para a Pós-graduação Presencial da Unigran estão abertas. Mais informações pelo site: www.vestibularunigran.com.br/pos_graduacao, ou, através do telefone 3411 4114.