A reitora da Universidade Federal da Grande Dourados, professora Liane Calarge, disse nesta sexta-feira (18), em Coletiva de Imprensa concedida junto com pró-reitores e o procurador federal Carlos Henrique Neitão Loureiro, que a instituição considerou “legítima” a ocupação promovida por grupo de estudantes e manifestantes na semana passada ao prédio da Unidade 1 da UFGD em Dourados, porém, avaliou que todos os setores contabilizaram prejuízos nesse período.
“Se não tivesse sido prorrogado o prazo para apresentação de empenhos ao Orçamento de 2017 [a data inicial venceria dia 10 deste mês, no dia seguinte ao início da invasão do prédio] para o dia 25, nosso prejuízo seria muito grande, e a UFGD teria muita dificuldade para trabalhar no ano que vem”, admitiu a reitora. Auxiliares encarregados de Pró-reitorias estratégicas, como a de graduação e de extensão cultural, afirmaram que “os processos não andaram” e muitos editais “terão que ser readequados”.
Decisão liminar expedida ainda na tarde desta sexta pelo juiz federal Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva, em Dourados, determinou que o grupo de manifestantes que invadiu o espaço da Reitoria da UFGD na quinta-feira (9) passada desocupe as instalações em 24 horas. Para a reitora da Universidade, professora Liane Calarge, a instituição ainda tentou “uma ocupação compartilhada”, porém, não havia como dar sequencia aos procedimentos legais nessa condição.
O procurador Carlos Henrique reiterou que a proposta de desocupação do prédio, apresentada pela AGU (Advocacia Geral da União), estabeleceu multa diária de mil reais, além do corte no fornecimento de água, luz e serviços de internet, e ainda mil reais diários em caso de novas invasões, para o caso de descumprimento da ordem de liberar as instalações públicas.