O folhetim ‘Terra e paixão’, produzido pelo núcleo mais excêntrico – para dizer o mínimo – da Rede Globo, terminou da forma exagerada como começou. Walcir Carrasco apelou para situações conturbadas, como a disputa da terra e a força da quiromancia indígena, e não conseguiu – ou não quis – apregoar as virtudes da terra vermelha que um dia conheceu, ainda menino, quando esteve por Dourados.
Ao final, o mocinho Tony Ramos [que interpretou o fazendeiro vilão Antônio La Selva] acabou morto e, via de regra, Carrasco emplacou um beijo gay, com o ex-capataz da fazenda que deveria ter sido melhor explorada para simbolizar a força do agronegócio na região da Grande Dourados, Ramiro, no espalhafatoso (a) Kelvin.
Nesta segunda-feira (22) a Globo relança ‘Renascer’, sucesso dos anos 90 no horário nobre que, apesar de tanto tempo, deve se apresentar com melhor enredo do que a terra em que Walcir optou por colocar a sua marca pessoal. Na produção de 'Em nome da lei', o filme rodado em Dourados em 2016, o diretor Sérgio Rezende mostrou melhor a Dourados real.