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'Dependemos de importação de matéria-prima', diz presidente do Butantan

20 janeiro 2021 - 16h33

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), conduz nesta quarta-feira, 20, mais uma entrevista no Palácio dos Bandeirantes para tratar da crise do coronavírus e das ações iniciais de vacinação conduzidas no Estado, onde já foi aplicada a primeira dose da Coronavac a 15 mil pessoas, a grande maioria profissionais de saúde. A Anvisa concluiu nesta terça-feira, o processo de análise da documentação do pedido de autorização para uso das 4,8 milhões de doses de vacina produzidas no instituto a partir de insumos vindos da China. Mas o material disponível no País para a produção de imunizantes já foi praticamente todo consumido, segundo disse o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, presente na coletiva. "Dependemos de importação de quantidades adicionais de matéria-prima", afirmou. Covas disse que há 5,4 mil litros de insumos para a produção de vacinas prontos na China, "que darão origem a 5 milhões de doses". Segundo Covas, "haverá uma nova partida de 5,5 mil litros". Ele pediu que o governo federal auxilie as tratativas com o governo chinês para acelerar a liberação das matérias-primas, citando o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ainda segundo Covas, diante do atraso já anunciado para a liberação de insumos para a Fiocruz, que estava prevista para janeiro mas só vai ocorrer em março, as vacinas do Butantan são as únicas disponíveis. "Isso coloca o Butantan sob a responsabilidade de ser o único fornecedor de vacinas", disse o presidente, ao pedir novamente ajuda do governo federal. Nesta terça-feira, 19, Doria e autoridades de governo percorreram cidades do interior de São Paulo em cerimônias simbólicas para marcar o início da aplicação de vacinas a profissionais de Saúde. A vacinação de idosos e os demais grupos de risco, entretanto, ainda não tem data para ser iniciada. Durante a coletiva, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que "estamos em uma franca pandemia em curso", mas que "tivemos de priorizar aqueles profissionais, trabalhadores da área de frente" nas ações de vacinação frente ao ainda insuficiente número de vacinas disponíveis. "Precisamos de muito mais vacinas", afirmou Plano São Paulo A taxa de ocupação nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Estado chegou a casa dos 70%. "Tivemos um aumento significativo na Grande São Paulo, em que passamos de 65% (há duas semanas) para 70,5%", afirmou. Gorinchteyn disse que, na sexta-feira, 22, haverá uma nova reclassificação das cidades paulistas no Plano São Paulo, que coordena as regras de restrição durante a quarentena. Com esses índices, a Grande São Paulo entraria na fase laranja do plano, que restringe horários de comércio.

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