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Eleições

Dourados pode eleger sete deputados estaduais, recorde na história, neste domingo

05 outubro 2018 - 12h10

Os números de 2014, quando o douradense elegeu a maior bancada na história da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (cinco representantes), enquanto ao longo das últimas três décadas não passava de quatro, estão prestes a serem superados na eleição deste domingo (7), quando o colégio eleitoral do Município poderá fechar o dia com sete deputados eleitos.

Analista político acostumado com as variações dos humores da política local, o engenheiro Shinsuke Ono raciocina que nos últimos anos tem predominado a vontade do douradense em votar em candidatos da casa, ou seja, apesar da ‘invasão’ de políticos de outros municípios – e os daqui também precisam buscar votos fora, Dourados se consolida com o voto bairrista; daí as possibilidades de registrar bancada recorde a partir de domingo.

grafico 2014 geral

“A conquista de uma vaga de deputado depende de vários fatores, entre eles o número de votos validos da coligação que o candidato pertence e seu posicionamento entre os concorrentes internos. Estes votos válidos da coligação são comparados com o número de QE (quociente eleitoral) que definem o direito das vagas, sendo que o QE das Eleições 2014 foi de 54,705 votos no Estado. Seguindo esse raciocínio o município de Dourados com total de voto nominal de 96.859 não poderia eleger mais de dois deputados estaduais, isso significa que é muito difícil ser eleito exclusivamente com votos de um único município”, observa o engenheiro.

grafico 2014

“Assim, como há uma necessidade imprescindível de uma base sólida e robusta em seu reduto eleitoral principal, normalmente o próprio domicílio eleitoral, todos os candidatos douradenses eleitos até agora tiveram os resultados de Dourados como base principal, e a conquista de votos complementares nos demais municípios adjacentes”.

Observando os gráficos no Diagrama de Pareto (*), referente ao Resultado Geral estadual das eleições de 2014, por exemplo, houve a necessidade de 20% dos candidatos mais votados para alcançar 88,63% do voto válido, enquanto o Diagrama de Dourados mostra que foi necessário apenas 5,09% dos candidatos (principalmente de candidatos douradenses) para atingir 83,68% do total de votos nominais. “Isto significa a preferência dos eleitores douradense pelos candidatos da cidade, ou seja, a maioria do voto do douradense foi dado para os candidatos da casa”, conclui Ono.

Com base na listagem de candidatos douradenses registrados junto ao TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para a disputa deste ano, despontam nomes com uma forte tendência para assegurar vagas na Assembleia, conforme demonstra o quadro abaixo:

grafico 2018 projeçao

(*) O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena a frequência das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas. Mostra ainda a curva de porcentagens acumuladas.

Projeção possível

Diante desses números, uma projeção possível de se concretizar a partir do resultado das urnas nas eleições deste domingo, na análise de Shinsuke Ono, teria a seguinte composição da bancada douradense na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a partir de fevereiro do ano que vem:

Barbosinha (DEM), candidato a reeleição, tem base consolidada pelo exercício do mandato, antecedido pela forte presença no comando da Sanesul no Estado e complementado pala ocupação do cargo de secretário estadual de Justiça e Segurança Pública;

Elias Ishy (PT), vereador em Dourados com grande prestigio no interior do partido e junto a segmentos específicos do professorado e da Igreja, tenta conquistar os eleitores do ex-prefeito Laerte Tetila;

João Grandão (PT), candidato a reeleição, ainda que, com pendências na Justiça Eleitoral, tem experiência, estrutura e penetração social pela disputa anterior na campanha de deputado federal;

Marçal Filho (PSDB), vereador mais votado de Dourados, tem experiência e estrutura pela disputa anterior na campanha de deputado federal e inserção social;

Neno Razuk (PTB), herdeiro político da família [a mãe Delia é a atual prefeita de Dourados e o pai, Roberto, ex-deputado estadual com forte inserção nas periferias];

Renato Câmara (MDB), candidato a reeleição, tem base bastante consolidada pelo exercício do primeiro mandato, e o nome projetado depois da disputa das eleições como candidato a prefeito de Dourados em 2016, o 3º mais votado; e

Zé Teixeira (DEM), candidato a reeleição, com forte base construída no exercício de seis mandatos, o que o faz um dos com maior experiência nas eleições deste ano em todo o Mato Grosso do Sul.

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