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DOF vai intensificar combate ao tráfico de drogas

19 janeiro 2011 - 20h37Por Redação Douranews, com Waldemar Gonçalves - Russo

O Departamento de Operações de Fronteira – DOF, intensificará o combate ao tráfico de drogas em Dourados, mas para isso conta com a colaboração da comunidade. As pessoas de bem que residem na cidade poderão fazer suas denúncias de duas formas, sendo garantido total sigilo a quem quiser contribuir para que a cidade tenha, a cada dia, um combate mais eficiente ao tráfico. Um deles é o telefone “Disk-Denúncia”. É só ligar para 0800-647-6300, ou então, através dos emails [email protected] ou [email protected].

Essas são as alternativas para a população denunciar traficantes e, principalmente, os pontos de venda ou distribuição de drogas que hoje infestam a cidade, causando uma verdadeira devastação entre os jovens.

Hoje é clara a proliferação do tráfico de drogas em Dourados, especialmente quando se fala no alto índice de crescimento da venda de pedras de crack, sem que algo emergencial seja feito para que este mal seja combatido, em que pese os esforços da Polícia Militar, através do 3º BPM, da Polícia Civil e até mesmo da Guarda Municipal de Dourados.

Todavia, o comandante do DOF, coronel-PM Joel Martins dos Santos, disse em entrevista que, não só a sua instituição, mas todos os organismos policiais a serviço da sociedade douradense somente poderão combater esta prática de crime se contar com denúncias sérias, que permitam a identificação dos criminosos e, consequentemente, suas prisões em flagrante, o que os colocará fora de circulação.

“Muitas pessoas sabem que próximo a ela existe um ou mais pontos de vendas de drogas e não colaboram com a polícia denunciando os traficantes. Isso é ruim não só para ela, mais para a sua comunidade, e para a cidade, pois a omissão permite que a criminalidade aumente, assim como os furtos em residências, assaltos, estupros e, principalmente, os números de tentativas e de homicídios, que têm sempre como vítimas a juventude e até mesmo pessoas adultas que caíram na desgraça do vício”, disse Joel Martins.

Portas Abertas

Joel Martins, por sua vez, diz que as portas do DOF sempre estiveram abertas para a comunidade douradense, e que sempre que foi procurado por pessoas aflitas com problemas de drogas dentro de suas casas. Ele sempre as atendeu, buscando identificar e prender o traficante que estaria fornecendo drogas para algum dos familiares dessas    pessoas. “Entendo que os organismos policiais de Dourados são bem fortes, mas nada impede que nosso departamento dê um apoio a eles”, disse Joel Martins, voltando a enfatizar que a denúncia de um determinado ponto de vendas de drogas, quando séria, facilita a ação de seus policiais para que o autor seja surpreendido em flagrante e preso. “Nós entendemos que a comunidade tem que ver a policia como uma mão amiga e não inimiga. Daí a importância de estarmos trabalhando em conjunto” disse o comandante.

Projeto

Um dos projetos em andamento, segundo Joel Martins, e que deverá ser colocado em prática ainda este ano, será um trabalho conjunto com o GAECO (Grupo de Atuação Especial), que foi criado e tem atuação especial na função básica ao combate a organizações criminosas, se caracterizando pela atuação direta dos promotores, que na prática de atos de investigação, diretamente ou em conjunto com organismos policiais e outros organismos de uma cidade. “Atuando com o GAECO poderemos intensificar ainda mais o combate não só aos traficantes, mas também a todos aqueles que vivem às margens da Lei, cometendo os mais diversos delitos contra as pessoas de bem. Com o GAECO ao nosso lado nossos policiais atuariam com maior segurança no combate aos malfeitores”, disse o comandante, voltando a dizer que “se a população colaborar com os organismos policiais”, em especial com o seu departamento, “com informações precisas sobre qualquer tipo de atos ilícitos em seu bairro, principalmente de pontos de vendas de drogas, tal ato facilitará a ação policial para combater os traficantes que apostam na impunidade para comercializarem suas drogas”.

Como Ajudar

Para uma pessoa de bem ajudar os organismos policiais, incluindo o DOF, com informações sobre determinado ponto de venda de drogas ou sobre traficantes, o comandante solicita para que elas forneçam o máximo possível de informações, tais como o nome da rua, o número do imóvel e o bairro, o nome ou apelido da pessoa envolvida no crime, bem como um ponto de referencia e qual o dia e o horário seria o de maior movimento no local, embora seja sabido que é nos finais de semanas ou em feriados prolongados como o carnaval, quando aumentam ainda mais as ações dos traficantes.

No caso do traficante estar fazendo “correria” para passar seus produtos, o comandante pede para que a pessoa denunciante informe se ele faz essa operação a pé, de bicicleta, de moto ou até mesmo de carro, e qual é a sua área de atuação, assim como forneça as suas características, nome ou apelido e alguns dados pessoais sobre a sua aparência.

“Uma referência da casa, por exemplo, a cor dela ou se na sua frente consta alguma árvore ou algo que possa ser visualizado pelos policiais, também é de fundamental importância para um monitoramento do local suspeito”, disse o comandante, voltando a pedir para que a comunidade se una em torno deste objetivo da polícia, que é o de combater os traficantes que estão atuando na cidade.

“Correria”, para melhor esclarecer, é um meio usado pelos traficantes para passar suas drogas em ritmos itinerantes, ou seja, sem ter um local fixo para atuar como é o caso das bocas de fumo como são denominados os pontos de drogas, para dificultar as suas prisões.

Mão Amiga

Outro fator que Joel Martins faz questão de frisar é que o DOF sempre atua no mais diversos tipos de criminalidades, porém sempre resguardado dentro da Lei e do direito do cidadão de bem, com objetivo de efetuar a prisão de malfeitores.

Dizendo que o DOF é uma mão amiga da sociedade organizada, independente de sua posição financeira, o comandante lembra que, em muitos casos, a família descobre que um dos seus integrantes está envolvido com drogas e não procura o apoio das unidades policiais para ser orientada. “O correto seria o pai ou a mãe ao saber que seu filho, ou filha, está envolvido com drogas, procurar um organismo policial e comunicar o fato. Porém, para fazer este tipo de procedimento, é de suma importância informar quem ou em que local o usuário estaria buscando a droga”, disse o militar, citando que “não adianta nada a família levar o seu dependente para se tratar, sem tirar dele e passar para a polícia, pode até ser para o DOF, mesmo que seja através de uma denúncia anônima, quem estaria fornecendo ou o local aonde ele adquire a droga, pois numa eventual recaída, que não é difícil de acontecer, o usuário volta a procurar o traficante que sempre lhe vendeu a droga para consumir” orientou Joel Martins, voltando a afirmar que as portas do DOF ou o disque-denúncia da instituição, estarão sempre abertas para o atendimento da família seja ela douradense ou de cidades vizinhas.

Joel Martins encerra a reportagem deixando claro que as pessoas que mantiverem contato com os serviços de disque-denúncia do departamento não precisarão se identificar, e aquelas que se identificarem terão seus nomes mantidos em sigilo absoluto, conclui ele repetindo o endereço do disque-denúncia, que é o 0800-647-6300 e o e-mail [email protected] ou [email protected] .

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