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Polícia

Gaeco denuncia grupo liderado por Jamil Name por obstrução judicial

10 outubro 2019 - 12h34

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) formalizou nesta quarta-feira (9) a segunda denúncia criminal derivada da Operação Omertá, deflagrada no dia 27 de maio, quando 23 pessoas foram alvos de ações para desmascarar organização criminosa apontada como responsável por, pelo menos, oito mortes em uma década no Estado. Aproveitando processo que já corria na 3ª Vara Criminal de Campo Grande desde maio deste ano, contra três investigados na operação, quatro promotores acusam mais nove pessoas, entre elas os empresários Jamil Name, de 80 anos, e o filho dele, Jamil Name Filho, de 42 anos, de participação no grupo de extermínio e, ainda, de tentar obstruir as investigações.

Conforme repercute o site Campo Grande News, Jamil Name havia sido denunciado, terça-feira (8), em ação separada sobre as armas encontradas de posse dele e de funcionários. Agora, ele e o filho são acusados de integrar a organização criminosa e de agir para embaraçar as investigações por duas vezes. Primeiro, segundo o Gaeco, ordenaram que integrantes da ‘orcrim’ (apelido para organização criminosa no jargão jurídico) intimidassem a esposa do guarda civil municipal Marcelo Rios, preso há quase cinco meses, com arsenal destinado à quadrilha, situação considerada o pontapé para a descoberta de novas provas contra o grupo.

O segundo episódio criminoso, conforme as apurações, foi a determinação de "limpa" na cobertura de edifício no bairro Santa Fé onde “Jamilzinho” (como é chamado o filho do chefe da orgzaniação) morava. Prova disso, conforme o texto do Gaeco apresentado à 3ª Vara Criminal, é o fato de o imóvel, bastante amplo, ter sido encontrado praticamente vazio no dia da busca e apreensão determinada pela justiça. O relato dos responsáveis dos trabalhos é de que foi encontrado apenas um papel e a evidência de existência de suporte para armas longas, semelhante ao utilizado por forças policiais.

Neste processo, já eram réus desde agosto deste ano o segurança Flávio Narciso da Silva e os guardas civis municipais Rafael Antunes Vieira e Robert Vitor Kopetski. Eles são apontados como as pessoas responsáveis por intimidar a esposa do guarda Marcelo Rios, inclusive levando dinheiro até a casa dela [em torno de R$ 1.200] e obrigando-a a viver em um imóvel que pertenceria à quadrilha.

Agora, a partir do trabalho investigativo, baseado em mais de 800 arquivos de escutas e também em transcrições de conversas por aplicativos de mensagens e “campanas” [como é chamada a movimentação de vigília feita contra os investigados], também estão sendo denunciados Jamil Name, Jamil Name Filho, os guardas Alcinei Arantes da Silva e Rafael Carmo Peixoto Ribeiro, o militar reformado Andrison Correia, os policiais civis Marcio Cavalcanti da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo, o funcionário da família Name, Elton Pedro de Almeida e, ainda, o advogado Alexandre Franzoloso.

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