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Política

Ministro e Reinaldo buscam distensionar conflito indígena

02 setembro 2015 - 20h14Por Redação Douranews

As reuniões articuladas pelo governador Reinaldo Azambuja com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e demais autoridades para distensionar o conflito fundiário em Mato Grosso do Sul, acontecem na Governadoria de Mato Grosso do Sul desde cedo. “É providencial a vinda do ministro. É possível construir uma solução com a presença dos entes presentes, mais Ministério Público e CNJ, já que as questões das demarcações estão judicializadas. Acredito que no diálogo podemos criar um cronograma de resultado, que possa distensionar a situação para alcançarmos uma efetiva solução”, afirmou Reinaldo.

José Eduardo Cardozo fez questão de enfatizar a necessidade de manter a ordem pública. “Não aceitaremos incitação à violência, seja de qualquer parte. E não toleraremos desrespeito à ordem pública em hipótese alguma. O que eu faço é um apelo pela mediação, com a presença das partes envolvidas, governo estadual e federal, Funai, da AGU (Advocacia Geral da União), MPF (Ministério Público federal) e judiciário”, declarou o ministro.

O procurador da República, Ricardo Pael Ardenghi, informou que a situação em Antônio João é de profunda apreensão, com um clima de paz que não é verdadeiro. “Os fazendeiros estão enclausurados nas sedes das propriedades e os indígenas impedidos de entrar na cidade. Um verdadeiro clima de terrorismo. A instalação de um clima de paz é o primeiro passo para que possamos começar a negociar”, avaliou o procurador. Para o conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Emmanoel Campelo, a mediação é o único instrumento capaz de dar solução definitiva para o conflito.

Disputa

Há aproximadamente duas semanas propriedades rurais em Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã foram palco de diversos conflitos entre indígenas e produtores rurais. O acirramento da disputa pela posse de propriedades rurais culminou com a morte do indígena Simião Fernandes Vilhalva.

O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, presente nas reuniões no Estado, garantiu que a investigação para apurar a morte de Simião já está em andamento. “Estamos investigando. O inquérito será concluído com a verdade”, ressaltou. O governador e o ministro, com as demais autoridades, ouvirão também os indígenas.

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