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Política

“Por mim, o mínimo seria de 3 mil reais”, ironiza Temer

06 janeiro 2011 - 18h03Por Redação Douranews/ com Abril.com
A disputa entre PT e PMDB por cargos no segundo escalão do governo Dilma teve nesta quinta-feira um novo capítulo, com pitadas de humor. Enquanto os peemedebistas – embora neguem publicamente - usam o reajuste do salário mínimo para pressionar o governo, ameaçando exigir um valor mais alto que os 540 reais aprovados no Orçamento, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) usou de ironia para lançar uma ameaça velada: “Eu gostaria que o mínimo fosse 3 mil reais”, disse, ao ser questionado se estava satisfeito com o valor proposto pela área econômica.

Temer, naturalmente, negou relação entre a disputa por cargos e a repentina defesa dos trabalhadores por parte dos peemedebistas. Disse estar tranquilo em relação às negociações na primeira semana de governo. “Não há nenhum constrangimento entre a presidente Dilma e eu. Temos um diálogo franco. Não há desgaste.”

De acordo com o vice-presidente, a movimentação do PMDB no Congresso tem motivação apenas na preocupação com o povo. “O PMDB quer dar o maior mínimo possível aos trabalhadores. O que queremos é ver se há possibilidade de algum aumento nesta proposta inaugural”, disse. “O PMDB não vai se opor à tese do governo se o governo não puder dar mais que os 540 reais. Não é possível estabelecer um salário mínimo que desastre as finanças públicas.”

Com a decisão sobre os cargos de segundo escalão postergada para o final do mês, o PMDB trabalha agora para garantir um assento no Conselho de Coordenação do governo Dilma Rousseff. As conversas sobre quem assumiria um espaço no grupo se darão na próxima semana. Temer evitou apontar favoritos. “Qualquer ministro do PMDB é um nome extraordinário. Os seis têm condições.”

Indagado sobre a disputa pela presidência da Câmara, Temer comprometeu-se a não causar embaraços para o PT. Em documento assinado por ele e pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, o PMDB compromete-se a apoiar o candidato petista ao posto neste primeiro biênio da legislatura. “Vale o documento, vale o compromisso firmado”, disse Temer. O PT escolheu o deputado Marco Maia para a vaga.

Café paulista – Michel Temer falou à imprensa após visitar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. Os dois se reuniram por 40 minutos e saborearam um “bom café paulista”, nas palavras de Alckmin.

Temer foi recebido com honras de chefe de estado, com direito a tapete vermelho, toques de corneta da Polícia Militar e recepção de Alckmin no hall do palácio. Apesar de estarem em trincheiras opostas, os dois chefes de estado prometeram cooperação mútua e esforçaram-se por mostrar um clima de cordialidade.

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