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Saúde

Trocar a amamentação por comida favorece a obesidade infantil

11 fevereiro 2011 - 14h07Por Redação Douranews, com Uol

Uma pesquisa realizada pelo Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, revelou que os bebês que têm comida sólida introduzida na alimentação antes dos quatro meses estão propensas a desenvolver obesidade. No entanto, isso só atinge crianças que nunca foram amamentadas no peito ou que tiveram a amamentação interrompida antes do quarto mês de idade.

Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram mais de 840 crianças que participaram do Project Viva, que acompanhava mães desde o momento do parto até os três anos de idade do bebê.

Os pesquisadores observaram que as crianças que começaram a comer comida antes dos quatro meses de idade tinham seis vezes mais chances de se tornarem obesas, quando atingissem o terceiro aniversário.

Os autores do estudo, por sua vez, disseram que não está claro o motivo pelo qual este grupo de crianças está mais propenso à obesidade. Contudo, eles declaram que mães que amamentaram os filhos com o leite materno puderam perceber que os seus bebês se sentiam mais saciados. Enquanto que as mamães que preferiam alimentá-los com comida ou papinhas não puderam afirmar o mesmo.

Os médicos afirmam que a questão faz com que os pais reflitam sobre os hábitos alimentares de sua família, como limitarem o consumo de fast-food das crianças. Ensinar os filhos a comer verduras e vegetais antes dos doces também é essencial.

Um outro estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos descobriu que as crianças alimentadas com mamadeira logo nos primeiros meses de vida apresentaram tendência a comer mais durante a infância do que aqueles que são alimentados exclusivamente pela amamentação. O leite materno possui componentes como leptina e adiponectina, que ajudam a regular o apetite e o metabolismo.

Sete medidas que beneficiam a amamentação

1. Coma bem: é importante que a mãe tenha uma alimentação saudável durante o período de amamentação. Boas doses de proteína podem ser encontradas em leite e carnes, e não esqueça do carboidrato, para dar energia. Alimentos chamados galactogogos, como chá de erva-doce e caldo de cana aumentam a produção do leite.

2. Se o leite empedrar: o melhor meio de prevenir é deixar o beber mamar bastante ou retirar o leite com as mãos ajudam a esvaziar o peito.

3. Cuide do seio: é comum desenvolver fissuras no bico do peito com a amamentação. A pele da aréola é fina e sensível e os fortes movimentos de sucção do bebê podem causar rachaduras e muita dor. Tomar banhos de sol e passar bucha na região ajuda a engrossar a pele. Passar um pouco do próprio leite em cima da ferida, ajuda na cicatrização.

4. Flacidez nos seios: devido ao esticamento da pele dos seios, que aumentam muito de volume, podem aparecer estrias e o tecido pode ficar flácido. Para prevenir, capriche na hidratação e use sutiãs que ofereçam boa sustentação.

5. A posição correta:
para evitar que o bebê engasgue, posicione-o na mesma altura do mamilo, com a cabeça repousada no antebraço. Se a criança for maior e estiver irrequieta, segure-a por trás dos ombros. O bebê deve ser capaz de alcançar o peito facilmente, sem precisar se esticar, nem girar a cabeça.

6. Leite espesso não é mais saudável: a consistência mais aguada do leite materno não significa que seja menos nutritivo do que o de vaca, por exemplo. Se a mãe mantém uma dieta equilibrada e oferece o peito sempre que o bebê pede, vai produzir leite de qualidade.

7. Pulmão forte: estudo da Universidade de Southampton, na Inglaterra, mostrou que a amamentação ajuda a reforçar a saúde dos pulmões. Analizando 1.500 bebês, constatou-se que os que mamavam no peito tinham melhor funcionamento do pulmão.