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Opinião

Como evitar as doenças comuns da primavera

17 outubro 2020 - 15h08Por FELIPE FOLCO

Rinite alérgica, conjuntivite e asma estão entre as doenças alérgicas mais comuns na época mais florida do ano: a primavera. A estação também é caracterizada pelo alto índice de umidade, tempo seco e pelo desabrochar de diversas espécies de flores - o que aumenta a concentração de partículas de pólen no ar. A junção do tempo com a polinização das flores, processo de reprodução em que grãos de pólen circulam em maior quantidade pelo ar, pode favorecer o surgimento e a também a piora de algumas condições, a exemplo de alergias.

É justamente o pólen no ar, somado à condição de tempo mais seco, que contribui para o aparecimento de reações alérgicas em adultos, crianças e até bebês.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% dos brasileiros têm algum tipo de alergia -- desse percentual, aproximadamente, 20% são crianças. Por isso, nesta época do ano, muitas podem piorar.

Entre os sintomas mais comuns de tais condições estão espirros, coceira no nariz e nos olhos, coriza, falta de ar e tosse. O aumento na quantidade de fungos e ácaros nos ambientes - fator que potencializa os problemas respiratórias, a exemplo de rinite alérgica - também é favorecida devido ao aumento de temperatura e umidade.

Por isso, a fim de evitar o desenvolvimento e agravamento destas doenças, eis algumas medidas fáceis e preventivas:
- mantenha sempre os ambientes bem arejados e, se possível, facilite a entrada de raios solares, para evitar umidade.
- uso e contato com carpetes, tapetes e móveis que acumulem pó também deve ser evitado.

Nos cuidados com as crianças, é importante saber que brinquedos e bichos de pelúcia devem ser bem guardados e não largados ou amontoados juntando pó.

Mas não são apenas as alergias que prevalecem nesta época do ano. Outras doenças também podem ser mais frequentes na estação, a exemplo da roséola infantil, causada pelo herpes, vírus humano tipo 6.

A doença costuma se manifestar até 15 dias após o contágio, provocando febre alta, erupção cutânea de cor avermelhada e bastante irritabilidade. O tratamento é feito com antitérmicos e o bebê não deve ter contato com outras crianças.

* O autor é pediatra e diretor médico da Cia. da Consulta