Menu
Buscardomingo, 28 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
28°C
Entretenimento

Filhotes são um bom presente de Natal?

21 dezembro 2010 - 11h37Por Redação Douranews/com ig

O espírito natalino atinge em cheio as pet shops e casas de adoção de animais. Nesta época, o número de famílias atrás de um filhotinho de gato ou cachorro aumenta. Comprar ou adotar um bichinho é uma decisão que leva muito em conta o lado afetivo, mas veterinários alertam que ela não pode ser feita de maneira impulsiva.

“A primeira pergunta a se fazer é: qual o melhor animal para o estilo de vida da minha família?”, explica o veterinário José Manuel Mourino, do centro veterinário Pet Place. Ele aponta que algumas famílias ficam fora de casa durante muito tempo ou viajam bastante. “Para essa família o cachorro é uma péssima ideia. Mas ela pode pensar em ter um gato ou em um ferret. O gato, por exemplo, é ótimo para quem tem apartamento. Ele fica sozinho, não faz barulho e é limpo”, exemplifica.

Depois que se escolhe o tipo de animal, tanto Mourino quanto Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, indicam que os pais pensem na raça. “Os pais precisam considerar o que é melhor para apartamento ou para casa, e verificar se a raça se dá bem com a criança ou não”, diz Marcondes.

No caso da adoção de vira-latas, os veterinários recomendam se informar sobre as características dos pais ou dos irmãos do cão ou do gato. Isso ajuda a evitar algumas surpresas mais tarde, como o bicho crescer até um tamanho inesperado.

Saúde e faixa etária

“Para a escolha dois pontos são fundamentais: saúde do filhote e adequação do porte e temperamento da raça escolhida ao temperamento, idade e perfil da criança”, afirma Keila Regina de Godoy, veterinária da PremieR Pet. Os pais devem ficar atentos às vacinas e certificar-se de que o animal já foi vermifugado.

É sempre preciso levar em conta a faixa etária da criança. “Se for uma criança muito pequena, o animal pode querer disputar espaço com ela. Raças como rottweiler e schnauzer, que gostam de mandar no território, podem não ser recomendáveis para crianças menores”, diz José Manuel Mourino.

Apesar do filhote ser um presente para a criança, os pais precisam ter em mente que o bichinho pertencerá à família. “Dependendo da faixa etária, a criança não tem condições de ser responsável sozinha pelos cuidados com o animal de estimação, cabendo boa parte das funções a um adulto”, diz Keila Godoy.

Devolução?

O final infeliz de uma compra impulsiva é a devolução dos animais. Quando as famílias não se adequam, é comum que acabem devolvendo os bichos. Por isso, antes de comprar ou adotar, pesquise muito sobre a espécie e a raça. “Às vezes a pessoa viu o bichinho em outra casa ou em um filme, e acaba adquirindo o animal sem estudo. É traumático para a família e para o bicho”, diz Mourino.

Entre as raças de cachorro mais devolvidas ele aponta o beagle e o bull terrier. “Ambos são muito ativos e podem ser destrutivos dentro de casa”, diz Mourino. Mas, feitas as opções certas, os veterinários estimulam as famílias a comprar um bichinho. “Famílias que têm animais são menos estressadas. Eles estimulam a atividade física de todos e a criatividade da criança”, finaliza Marcondes.