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Opinião

A grande e funcional Feira-Livre 'Totó Câmara'

03 dezembro 2016 - 10h13

Na manhã do último domingo, juntamente com a patroa, fui visitar a nova Feira-livre, localizada na rua Cafelândia, antiga chácara do amigo Ermete Rigotti. Pode-se dizer que se trata de uma obra majestosa, muito bem construída sem aqueles deslizes usuais dos políticos desonestos, que com suas “hobras” acham que todos os contribuintes são tolos e cegos.

O prefeito Murilo, com competência e honestidade, qualificações inarredáveis que devem revestir o homem público, implantou a feira-livre num local amplo, não muito distante da tradicional Feira-livre da rua Cuiabá, objetivando oferecer melhores condições aos feirantes para seu comércio e conforto àqueles que vão às compras, ou mesmo para curtir o local para encontrar amigos.

Melhoradas as instalações, o local reconhecidamente mais agradável, com ar puro, oferece todos os meios para propiciar condições melhores de higiene, para o comércio de alguns produtos, que exigem cuidados especiais.

Não obstante fazem-se necessário algumas observações. A primeira delas é que no local não se viu nenhum guarda municipal. O local estava absolutamente entregue aos cuidados da urbanidade dos feirantes e dos freqüentadores. A despeito da ausência de qualquer intervenção necessária, indispensável e de dever de ofício da Guarda Municipal, não se têm nenhuma notícia de qualquer desarranjo, que pudesse tumultuar a tranqüilidade do local.

A segunda observação, é que na rua no lado Sul da área ocupada pela feira, veículos foram estacionados nos dois lados, e a dita rua que já é estreita, não permitiu o trânsito, embaraçando quem queria sair, entrar ou passar pelo local.

A terceira seria a exigüidade das coberturas das bancas, que em dias de chuva não vão proteger os feirantes, assim como não protegem os produtos perecíveis, expostos ao sol.

De resto tudo ficou muito bom. A amplitude do local, depois de cercado e controlado pela Guarda Municipal, para evitar a ação de vândalos, pichadores, usuários de porcarias e gatunos, pode-se acolher, com muita tranqüilidade, a indicação do Vereador MADSON VALENTE, para que o local sirva para funcionar uma FEIRA PERMANENTE, como se um BOULEVAR fosse, para servir além das compras, um ponto de encontro dos amigos para renovar amizades e gastar simpatias, o que não custa nada porque a conversa é fiada!

Observamos que na distribuição dos espaços, cada atividade teve o seu lugar. As lanchonetes ganharam espaço maior e as instalações são mais confortáveis; para os camelôs que vendem de tudo, desde que não seja para comer, absolutamente divorciados do comércio de hortifrutigranjeiros — principal atividade do local — estão felizes pelo espaço que lhes reservou o prefeito, porque destaca suas atividades em lugar amplo e bastante visível. De parabéns o prefeito MURILO ZAUITH, que aplicou com parcimônia e competência o dinheiro público, em obra indiscutivelmente útil à comunidade como um todo, sem os deslizes que têm consagrado a pouca-vergonha que norteia políticos tradicionais — em todos os níveis da administração pública — que saqueiam os cofres públicos na implantação de obras que nunca chegam ao fim, tirando o pouco daqueles que não tem nada, privando-os da comida que precisam para viver, e do remédio que necessitam para não morrer.

A pouca-vergonha, determinante na atividade política, foi tema da articulista Vilma Gryzinski, na revista Veja, ed. 12.10.2016, à pág. 25, abordando a simbiose entre a pouca-vergonha e o capital, verbis: “ Por simpatia política pelos acusados, até pessoas honestas e bem-intencionadas desativam seus detectores de sem-vergonhice e endossam a tese de prisões abusivas, promotores descontrolados e juizes ideologizados”. Do outro lado, esquerdistas “honestos”: (...) aqueles que, no passado, achavam Estado de direito coisa de democracia burguesa e, no poder, instauraram uma corrupta e desavergonhada aliança com o capital”.

Assim podemos concluir, que o homem público honesto nos dias atuais é raro — os Murilos são difíceis de serem encontrados — mas, quando encontrados, como nós já o encontramos, temos de gritar: — Heureca! Eureca! Achei, encontrei!

Observe, por fim, que a honestidade do homem público há de ser congênita, porque das suas mãos saem os “sim” e saem os “não”, daquilo que o povo precisa, e no seio desse povo, alguns dependem crucialmente do “sim” para poderem viver e criar sua prole. É a solidariedade humana, indispensável para que possam vencer!

Olhando para baixo, o ser humano vai para cima!

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras ([email protected])