O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, neste domingo (19), o fechamento da fronteira entre Brasil e Paraguai no trecho que corresponde ao Mato Grosso do Sul. A decisão, com efeito automático, é motivada pela fuga de 75 integrantes de uma facção brasileira que estavam na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na madrugada de domingo. A cidade fica na fronteira com Ponta Porã (MS). Segundo o governo paraguaio, há cidadãos dos dois países entre os fugitivos.
De acordo com o ministério, ainda não é possível dizer se a fronteira também será fechada no Paraná. Isso só acontecerá se houver um pedido do governador do estado, Ratinho Junior (PSD) – a exemplo do que fez o governador Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul, tão logo tomou conhecimento da ação dos criminosos do país vizinho.
O governo brasileiro também pediu ao Paraguai a lista com os nomes dos 75 integrantes do grupo, que seriam integrantes do PCC, o Primeiro Comando da Capital, conforme revelou a procuradora Reinalda Palacios ao jornal paraguaio "ABC Color". A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Perez, informou pela manhã que seriam 91 os presos conseguiram escapar da prisão. Ela entregou o cargo.
Na lista de foragidos brasileiros e paraguaios divulgada pelo Ministério da Justiça está o nome do brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio, e seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel ligados ao traficante "Minotauro". Eles atuam na fronteira e na semana passada buscavam deixar a prisão com uma ordem judicial.
