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Dedé revela pontinha de ciúmes com destaque dado a Didi

23 novembro 2014 - 13h02Por Redação Douranews

O nome de batismo é Manfried, mas ele já foi conhecido artisticamente como Picolé, Telé e Bonitão. Há 50 anos, no entanto, vem sendo consagrado pelo público como Dedé Santana, o eterno companheiro de Renato Aragão. Dedé e Didi começaram como uma dupla, no início dos anos 1960, e assim seguem em suas trapalhadas, após a dolorosa despedida à formação como quarteto dos Trapalhões e um período de separação nunca totalmente compreendido pelos fãs e muito menos bem explicado pelos dois.

No palco da Grande Sala da Cidade das Artes, na Barra, em temporada com o musical “Os saltimbancos trapalhões”, Dedé, aos 78 anos, revive a infância no circo e a saudade dos companheiros Mussum e Zacarias, com quem rodou o filme homônimo, de 1981. “Não tem uma só apresentação em que eu não me emocione, de uma forma ou de outra”, conta ele, com os olhos marejados.

“Nasci numa barraca de circo, em São Gonçalo. Minha família é descendente de ciganos. Pai, mãe, irmãos, tios... a maioria já falecida. Sou sobrinho do Colé Santana, que foi um dos maiores comediantes do cinema e da TV no Brasil. Entrei no picadeiro pela primeira vez aos 3 meses de idade, no colo da minha mãe, fazendo o filho da escrava que ela interpretava. Depois, fiz um pouco de cada coisa sob a lona: me apresentei no globo da morte, no trapézio, na barra, na acrobacia, como palhaço... É um grande orgulho ter levado esse humor de circo para a televisão, de dar tapa na cara, cair no chão, pular...”, relata em entrevista ao caderno Extra, do jornal O Globo.

Na entrevista, ele diz ainda que sente ciúmes da importância que se dá ao parceiro Didi. “Realmente fico triste quando me esquecem. Se estamos juntos e só falam nele... poxa! Não se trata de vaidade, acho que também mereço respeito. Ele é o comediante, e no Brasil se costuma cultuar o primeiro nome do humor. Nos Estados Unidos é o contrário. Primeiro, vem o escada. Por exemplo: Dean Martin & Jerry Lewis, o Gordo e o Magro. Eu me dedico muito ao Renato, fico nervoso em dias de estreia. Não por mim, um cara acostumado a improvisar no picadeiro, mas por ele. Na estreia de “Os saltimbancos trapalhões” a minha preocupação era toda com ele, que nunca tinha feito teatro na vida. Quando acabou e eu percebi que ele tinha se saído bem, me tranquilizei. Ele está cada dia melhor!”, conclui o comediante.